O Ministério da Saúde informou na última sexta-feira, dia 28, que a variante Arcturus da Covid-19, também chamada de XBB.1.16, foi detectada no estado de São Paulo. Ela foi sequenciada pela primeira vez na Índia, em janeiro deste ano, e está presente em quase 40 países atualmente. 5d4n1p
A linhagem vem sendo tratada desde meados de abril como uma variante de interesse pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em função da rápida disseminação nas últimas semanas.
Embora provoque sintomas diferentes em comparação com cepas adas, como conjuntivite e quadros de febre alta, a nova linhagem não apresentou, até o momento, potencial para causar novas ondas de mortes e hospitalizações, ou de gerar riscos mais graves à saúde dos infectados, segundo especialistas.
Aumento da circulação
Globalmente, houve um aumento semanal na prevalência da Arcturus no mundo, segundo dados apresentados pela OMS. Entre o final de fevereiro e início de março deste ano, a prevalência da XBB.1.16 era de 0,52%. Atualmente, o índice subiu para 4,31%. A linhagem mais comum atualmente é a XBB.1.5, também conhecida como Kraken, com 45%.
De acordo com a OMS, a avaliação de risco global para Arcturus (XBB.1.16) é baixa em comparação com a Kraken (XBB.1.5), mas a possibilidade de a primeira se tornar mais predominante que a segunda não está descartada.
O último relatório técnico da OMS informa que nenhuma mudança na gravidade da saúde de pacientes contaminados foi relatada em países onde a Arcturus está circulando.
Vacinas atuais protegem, diz especialista
Para o epidemiologista Jesem Orellana, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), embora não se possa afirmar que a nova variante provoque “um desastre sanitário, tal como foi a Gama (P.1), na América do Sul”, a Arcturus coloca em xeque o plano de declarar o fim da pandemia.
De acordo com Orellana, os sintomas provocados pela nova variante são conjuntivite, tosse seca e episódios febris. Mesmo assim, o epidemiologista diz que as atuais vacinas distribuídas no Brasil são capazes de proteger a população da nova variante.
“Não há grande razão para pensarmos que vacinas como a bivalente deixarão de ser altamente efetivas para casos graves e morte por Covid-19. Por enquanto, todas as vacinas seguem funcionando bem”, ressalta.
Apesar de não ter nenhum estudo específico que ateste que a nova variante seja mais letal, a Arcturus, segundo ele, “mostra que o vírus seguirá infectando muitas pessoas e matando outras, especialmente não vacinados, incompletamente vacinados e grupos de maior risco, como idosos e imunossuprimidos, por exemplo”.
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