Novembro Branco: perguntas e respostas comuns sobre a relação entre fumo e câncer 4k6m3f

Fumantes possuem 20 vezes mais risco de desenvolver tumores pulmonares 172t51

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

20/11/2023 14h39 1z1z22



Durante todo o mês de novembro, além da conscientização sobre o câncer de próstata, também é preciso abrir os olhos para o Novembro Branco, que tem o objetivo de alertar sobre o câncer de pulmão, doença que tem o tabagismo como origem em 90% dos casos. 1d6r1l

Os fumantes possuem um risco 20 vezes maior de desenvolverem tumores pulmonares, fazendo com que o alerta seja visto com ainda mais sensibilidade para este grupo em especial.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os tumores pulmonares lideram o ranking de doenças oncológicas com maior número de óbitos todos os anos. Além disso, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que o Brasil terá 32.560 casos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão para cada ano do triênio 2023-2025, sendo em média 14.540 casos entre mulheres e 18.020 em homens. 

Um dado alarmante, também apresentado pelo Inca, indica que aproximadamente 9,51% da população, quase uma em cada 10 pessoas, são fumantes. Mesmo o Brasil sendo reconhecido mundialmente por suas campanhas de combate ao fumo, esse desafio ainda é grande.

Segundo a médica Mariana Laloni, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, é necessário alertar quanto ao uso de vaporizadores de fumo, usados principalmente por jovens.

"Apesar da redução do consumo de cigarros no país, os novos dispositivos tecnológicos de vape, que conquistam especialmente as chamadas gerações Millennial e Z sob a falsa justificativa de serem menos nocivos à saúde e por seu design moderno, representam uma ameaça ainda maior de retrocesso na luta contra o tabagismo", comenta a especialista.

No mundo, a OMS aponta que em média 8,7 milhões de pessoas morrem todos os anos por fumar e outras 1,3 milhão morrem por tabagismo ivo. No Brasil, esse número pode chegar a 161 mil mortes anualmente - uma média de 443 óbitos por dia.

Para a oncologista, a melhor alternativa contra o câncer é sempre parar de fumar. A profissional esclarece algumas perguntas e respostas comuns sobre a relação entre o fumo e o câncer. Acompanhe abaixo:

O fumo pode aumentar o risco de câncer de pulmão?

Sim. O tabagismo pode aumentar em aproximadamente 20 vezes o risco de desenvolver câncer de pulmão. Cerca de 90% dos casos estão relacionados ao fumo.

Quais são os principais sintomas do câncer de pulmão?

Nas fases iniciais da doença, onde a chance de cura é maior, o problema é, infelizmente, silencioso, não apresentando sintomas. Já nas fases em que o câncer está mais avançado, o paciente pode apresentar sinais no aparelho respiratório, como tosse, dor no peito e falta de ar.

Quais são os principais tipos de câncer de pulmão?

Existem dois tipos de câncer de pulmão, sendo eles o carcinoma de pequenas células e o de não pequenas células. Geralmente, o segundo caso corresponde a 80 a 85% dos casos, podendo ser subdividido em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. No mundo, o tipo mais comum é o adenocarcinoma, atingindo 40% dos pacientes.

Como é o tratamento para câncer de pulmão?

Para o tratamento adequado, é importante analisar o estadiamento, subtipo, tamanho e localização do tumor, além se o paciente possui algum tipo de comorbidade. Caso a doença esteja em seu estágio inicial e localizado apenas no pulmão, a indicação é de cirurgia ou radiocirurgia, uma radioterapia direcionada

Já nos casos mais avançados, porém sem lesões à distância, o tratamento escolhido pode ser a combinação da quimioterapia e radioterapia, podendo consolidar a imunoterapia. Quando existem metástases, o caminho para os recursos irá depender do tipo de tumor.

Além do câncer de pulmão, o tabagismo aumenta o risco de outros tipos de câncer?

Sim. Além do câncer de pulmão, o fumo pode aumentar os riscos para o câncer de cabeça e pescoço, boca, laringe, faringe e bexiga.

Quais são os principais elementos cancerígenos dos cigarros convencionais?

Ao todo, existem quase cem tipos diferentes de substâncias cancerígenas nos cigarros tradicionais. As principais são: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, nicotina e alcatrão. Dentre elas, é importante ressaltar a mais perigosa em termos cancerígenos: a nicotina, justamente a que provoca a sensação de prazer e pode levar ao vício.

O cigarro eletrônico também aumenta o risco de câncer de pulmão?

Sim. Como ele vaporiza um líquido com grande quantidade de nicotina, a substância também pode elevar os riscos da doença. Mas, vale lembrar que ainda não se sabe qual a extensão de impacto no desenvolvimento de cânceres, devido ao desenvolvimento recente e uso variado do produto: há pessoas que fumam apenas ele, outras que consomem cigarros eletrônico e convencional, aquelas que nunca fumaram cigarro convencional e foram direto para o eletrônico, as que substituíram o convencional pelo eletrônico, etc.

Depois de quanto tempo sem fumar há a diminuição do risco de desenvolvimento de cânceres ligados à nicotina?

Com o ar das horas e dias, os benefícios à saúde são bastante perceptíveis e as chances de desenvolvimento de cânceres também diminui com o ar dos anos - com 10 anos sem fumar, os riscos são considerados baixos. Mas, dependendo do número de maços por dia vezes o número de anos que a pessoa fumou, é importante continuar de olho.


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