'Germes de academia': veja quais são os aparelhos mais contaminados e as dicas para evitar doenças 4e5q6a

Micose, gripe e diarreia estão na lista com maior potencial, conforme especialistas. 1fi1b

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

11/08/2024 21h03 - Atualizado em 11/08/2024 21h05 dl55



Se enfrentar a preguiça de ir à academia já é um desafio para muitos, uma situação pode desestimular até os maiores fãs de exercício: os equipamentos molhados de suor. 1w471a

Além de despertar incômodo, a presença constante do suor nas superfícies também favorece a contaminação.

De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) as práticas de limpeza e desinfecção realizadas nas academias não são o suficiente para evitar a contaminação cruzada entre os usuários.

  • A pesquisa mapeou também os equipamentos mais infectados:
  • • Hack para agachamento;
  • • Barra para agachamento;
  • • Leg press;
  • • Halteres;
  • • Voador (equipamento para treino de peitoral).

André Alvim, professor de enfermagem da UFJF e um dos autores do estudo, explica que o contato frequente das mãos e de partes do corpo que suam muito com os aparelhos favorecem a contaminação.

"Na academia a gente lida com o invisível, com microrganismos, bactérias e fungos que têm facilidade para se reproduzir nesse ambiente", analisa. O pesquisador ainda complementa que micose, gripe e diarreia estão entre as doenças com maior risco de serem contraídas na academia.

Apesar do potencial de contaminação, medidas simples de limpeza podem evitar infecções (veja abaixo as dicas dos especialistas).

Potencial de contaminação

O estudo da UFJF, publicado na revista científica "Journal of Human Environment and Health Promotion" na última semana, realizou três tipos de testes para analisar o potencial de contaminação nas academias.

Alvim explica que os testes consistiam em inspeção visual das superfícies, fluorescência com a utilização de um produto e teste de proteína.

De acordo com o pesquisador, os aparelhos que testaram positivo em qualquer um dos três testes foram reprovados, indicando a possível contaminação por meio desses aparelhos.

Cristiane Guzzo, professora do departamento de microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (ICB), explica que o ambiente da academia muitas vezes favorece a proliferação de microrganismos.

"Há desde os locais que são salas fechadas para atividades em grupo e uso comum dos materiais de aulas até o contato contante das pessoas com os equipamentos na musculação", analisa Guzzo.

A microbiologista também comenta que o aumento da frequência respiratória durante a realização de exercícios mais intensos combinado ao suor também fazem com que os locais de treino se tornem mais propícios à contaminação.

Legpress é um dos equipamentos mais contaminados da academia (Foto: Pexels/Jonatan Borba)

Limpeza constante

Para evitar a contaminação, os especialistas explicam que as medidas devem ser de responsabilidade tanto das academias como dos usuários.

No caso das academias, as principais ações incluem o fornecimento de papel toalha e álcool para que quem treina possa limpar os equipamentos antes e depois do uso; fácil o a banheiros e pias para que o usuário possa lavar as mãos; limpeza periódica dos ambientes de treino, com o uso de produtos próprios para a desinfecção.

Guzzo também ressalta que boa parte das infecções contraídas nesses locais são de bactérias que fazem parte da microbiota da pele e que ações simples podem evitar a transmissão.

"É importante lembra que os ganhos que a academia fornece são muito superiores ao risco que você tem de contrair uma doença indo treinar", destaca.

Com relação aos usuários, eles listam 4 dicas que ajudam a evitar a contaminação:

1. Higienizar as mãos

2. Limpar os equipamentos

3. Levar uma toalha de uso individual

4. Evitar ir à academia doente

A última medida recomendada pelos especialistas não é relacionada à limpeza, mas sim à preservação da própria saúde – e das demais pessoas que frequentam a academia. Guzzo comenta que um erro muito comum de quem treina é ir à academia doente, algo que deve ser evitado.

Além de poder alongar o período de recuperação ao provocar um esforço desnecessário, coloca a saúde dos outros frequentadores em risco.

A secreção e o suor podem contribuir para disseminar esse vírus ou bactéria pelo ambiente, favorecendo a contaminação desses locais.

Com informações do g1 512m2a


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