Qualidade do ar e baixa umidade em SC: veja riscos e orientações para encarar o clima a2d2h

Desidratação, agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares podem ser consequências. 151u3b

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

12/09/2024 09h42 3g3i3z



Santa Catarina tem sentido os impactos das queimadas que ocorrem na região centro-norte do Brasil, além da Bolívia e do Paraguai. A combinação entre uma intensa massa de ar seco e quente e a fumaça das queimadas tem causado uma piora significativa na qualidade do ar, principalmente nas regiões Oeste e Extremo-Oeste. 1t2o5l

A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SDC), o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) emitiram uma nota conjunta em alerta aos riscos à saúde pública, decorrentes da baixa umidade relativa do ar e da poluição atmosférica (veja as orientações mais abaixo).

Desde domingo, dia 8, Santa Catarina está sob um aviso meteorológico com atenção voltada para as possíveis consequências à saúde, como desidratação, agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes.

Qualidade do ar está comprometida em SC (Foto: Jonatã Rocha/SECOM)

De acordo com a Central de Monitoramento da Defesa Civil de Santa Catarina, o transporte da fumaça tem sido acompanhado em tempo real. “Estamos monitorando constantemente as condições e o avanço da fumaça pelo estado”, afirma o gerente do monitoramento e alerta, Frederico Rudorff.

“A situação requer atenção redobrada, principalmente nas regiões mais afetadas pela baixa umidade e pela poluição. A orientação é que a população siga as recomendações de proteção, especialmente as pessoas que fazem parte de grupos de risco”, completa.

Poluição atmosférica

Segundo o Instituto do Meio Ambiente (IMA), a fumaça trazida pelas queimadas intensificou a poluição atmosférica. Estações de monitoramento do ar, localizadas nos municípios de Tubarão e Capivari de Baixo, registraram concentrações de partículas inaláveis (MP10) entre 80 e 130 μg/m³, valores que configuram um Índice de qualidade do ar entre moderado e ruim.

“Além da fumaça das queimadas, outros fatores também podem colaborar com o atual cenário, como a direção do vento que transporta os poluentes, a hora do dia que também pode influenciar na qualidade do ar e as condições atmosféricas, como tempo seco, que favorece a permanência do poluente em suspensão”, explica o diretor de Controle e ivos Ambientais do IMA, Diego Hemkemeier Silva, já que a chuva faz a limpeza do ar, removendo partículas de poeira, poluentes e outras impurezas.

A Secretaria de Estado da Saúde alerta para que a população fique atenta aos sintomas que a baixa qualidade do ar podem causar: irritação nos olhos, nariz e garganta, além de cansaço e tosse seca. Grupos vulneráveis estão mais suscetíveis a problemas mais graves.

  • Recomendações para a população
  • ● Hidratação constante: Beba água regularmente, mesmo sem sentir sede.
  • ● Ambientes internos: Utilize umidificadores de ar ou recipientes com água para melhorar a umidade dentro de casa.
  • ● Evitar atividades ao ar livre: Especialmente em horários de maior concentração de poluentes.
  • ● Uso de máscaras: Máscaras tipo cirúrgica ou PFF2 são indicadas para reduzir a exposição às partículas nocivas.
  • ● Buscar atendimento médico: Se os sintomas respiratórios ou irritações persistirem, é aconselhável procurar assistência médica.

Previsão de “chuva preta”

A partir desta sexta-feira, dia 13, a chegada de uma frente fria deve trazer chuvas para o estado. Devido à alta concentração de fuligem na atmosfera, é possível que ocorra o fenômeno conhecido como “chuva preta”, onde a precipitação apresenta uma coloração escura por conta da presença de partículas em suspensão no ar.


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