Como diferenciar a fome do “comer emocional”? 4n6p2z

Transtorno é considerado um movimento quase involuntário de comer, mesmo sem fome. 2w175l

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

15/05/2025 12h50 3e413a



Quem nunca, em um momento de tristeza ou estresse, comprou um pote de sorvete ou uma barra de chocolate e os devorou? Essa tentativa de substituir os sentimentos ruins por emoções positivas, provocadas pelo sabor, textura e cheiro de alimentos, é uma prática comum e recebe o nome clínico de “comer emocional”. 174q2z

Estudado por psicólogos e nutricionistas, esse transtorno é compreendido como um impulso do corpo de buscar fontes de prazer e compensação para se manter em equilíbrio diante de situações de frustração. Nesse sentido, representa um movimento quase involuntário de comer, mesmo sem fome.

De acordo com o blog Vida Saudável, do Hospital Israelita Albert Einstein, quando ocorre uma vez ou outra, essa situação não apresenta grandes riscos à saúde. Porém, à medida que se torna mais frequente, é possível que evolua para um quadro de transtorno alimentar, no qual a pessoa desenvolve hábitos não saudáveis, como comer em excesso ou mesmo deixar de fazer as refeições diárias. 

A longo prazo, o comer emocional pode gerar diversos problemas crônicos, como pré-diabetes, obesidade e hipertensão. O Ministério da Saúde classifica o quadro como uma “compulsão alimentar”, quando o comportamento de risco se repete pelo menos uma vez na semana, ao longo de três meses.

Para evitar que os sentimentos sejam descontados na alimentação, veja três dicas para reconhecer os sintomas desses episódios, lidar com as frustrações e iniciar o tratamento contra a compulsão.

1. Saiba diferenciar fome e comer emocional

A fome real aparece naturalmente, dissociada de circunstâncias específicas. Em pessoas que costumam seguir uma rotina diariamente, ela tende a se manifestar em horários similares. 

Já o comer emocional é uma reação psicológica, sem ligação com o componente fisiológico, que tende a aparecer como reflexo de um gatilho (estresse, frustração, tristeza etc.). Ou seja: pode ocorrer mesmo quando a barriga está cheia e, justamente por isso, costuma vir acompanhada da sensação de estufamento.

É importante lembrar que crianças e adolescentes às vezes têm dificuldade para expressar os sentimentos e acham na comida uma espécie de “refúgio” dos problemas. Dessa forma, cabe aos responsáveis e adultos perceberem que a “fome” expressada por eles, na verdade, pode ser um caso de comer emocional.

2. Busque um nutricionista e um psicólogo

O aumento da frequência entre as refeições, a sensação de alívio ao se alimentar seguida de culpa, o ganho de peso, a idealização frequente da próxima refeição e o mal-estar após comer são alguns dos sintomas clássicos do comer emocional. Nesses casos, a recomendação é buscar um nutricionista e um psicólogo.

Em uma abordagem interdisciplinar, os profissionais da nutrição e da psicologia devem ser os eixos principais de tratamento da condição. Embora os transtornos alimentares sejam problemas crônicos, as consultas podem ajudar os pacientes a aprender a conviver melhor com o comer emocional.

3. Mantenha um diário alimentar

Ter um diário alimentar pode ser uma boa opção para evitar longos períodos sem comer ou uma frequência pouco espaçada a cada refeição. Cada vez que for se alimentar, anote o horário e o que exatamente foi ingerido.

Esse exercício pode trazer de volta a sensação de controle sobre a comida, que, muitas vezes, acaba se perdendo durante uma crise. Os registros ainda ajudam o nutricionista a acompanhar de perto os hábitos alimentares e sugerir mudanças pontuais na rotina para tentar solucionar o comer emocional. 


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