Quem precisa sair correndo para fazer xixi ou acorda várias vezes de madrugada para ir ao banheiro precisa ficar atento. Esses podem ser sinais de bexiga hiperativa, quadro que leva ao aumento da frequência urinária. 1sh73
Em muitos casos, a pessoa tem a chamada sensação súbita de urinar, conhecida como urgência, que pode ser ou não acompanhada por incontinência urinária, que é a perda involuntária do líquido.
De acordo com o blog Vida Saudável, do Hospital Albert Einstein, a bexiga hiperativa acontece devido à contração involuntária do músculo da bexiga, o chamado detrusor, antes do enchimento completo do órgão. Esse fenômeno é conhecido tecnicamente como hiperatividade detrusora.
Ela pode ser idiopática, ou seja, sem causa pré-determinada, ou estar relacionada a doenças que afetam o padrão neurológico da bexiga, a exemplo de Parkinson e esclerose múltipla, e ainda a transtornos da coluna vertebral e da medula, como hérnia de disco, além de acidente vascular cerebral (AVC), entre outros. O problema pode atingir homens e mulheres.
Fatores de risco
O principal fator de risco para a condição é o envelhecimento. Os homens acima de 50 anos têm ainda mais risco devido ao crescimento benigno da próstata.
O problema não deve ser encarado como um processo normal do envelhecimento ou algo intratável. Se uma pessoa sofre com esses sintomas, é importante procurar um médico.
A consulta também é fundamental para descartar outros problemas de saúde, como infecções, malformações, cálculos urinários, diabetes mellitus e até tumores da via urinária que podem ter sintomas parecidos com os da bexiga hiperativa. Além disso, será o primeiro o para que o médico decida como tratar o quadro e melhorar a qualidade de vida do paciente.
O quadro pode provocar sérios impactos psicológicos, sociais e físicos. Comportamentos evitativos de convívio social, faltas ao trabalho, abandono de atividades físicas e mesmo dificuldades para sair de casa são comuns, pois a pessoa se sente constrangida e busca estar sempre com um banheiro por perto. Repercussões na vida sexual e piora na qualidade do sono também são frequentes.
Tratamento
Alguns tratamentos contra a bexiga hiperativa estão:
Quando essas alternativas não funcionam, o médico pode recomentar a toxina botulínica. Ela é aplicada na parede da bexiga através de um procedimento cirúrgico realizado pelo canal da uretra para “acalmar” a musculatura do órgão.
Em último caso, é possível recorrer a um aparelho similar a um marcao, o neuromodulador sacral. Ele é implantado na parte inferior da coluna vertebral para controle dos nervos que estão acelerando o funcionamento da bexiga.